segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cadê a timidez que estava aqui? O gato comeu!!!

Difícil acreditar, mas eu fui uma pessoa muito, mas muito tímida (riam, podem rir, todo mundo ri quando digo isso) até os 20... 20 e poucos anos... chorava de medo quando tinha que falar com meu orientador carrasco (Aldo Malavasi)... quando tinha que pedir alguma coisa, então... passava uns três dias ensaiando... mas, felizmente, nessa convivência, entendi que a timidez nunca levou ninguém a lugar nenhum, pelo contrário. Por isso, divido minha vida entre A.A. e D.A., Antes de Aldo e Depois de Aldo. Com sua delicadeza paquidérmica, ele aos poucos me transformou de tímida patológica a cara-de-pau convicta. Nem sei se ele tinha a intenção de fazer isso mas, das duas, uma: ou eu jogava a timidez fora ou eu estaria fora do laboratório dele. Se em 1992, quando comecei meu estágio, algum guru, cartomante, numerólogo ou profissional de RH me falasse que eu perderia o medo de falar em público, eu teria rachado de tanto dar risada. Pareceria algo tão impossível que não levaria a sério.

A vida foi me testando... primeira aula na graduação, primeira palestra, primeira aula na PG, primeira sessão na câmara de vereadores... e a inesquecível formatura da primeira turma da Uergs Vacaria em que o Reitor não pôde comparecer e tive que representá-lo e discursar para mais de 500 pessoas. Ufa, sobrevivi. Hoje, tive um outro teste, que não me tirou o sono nem me deixou de mãos geladas... apresentei o projeto 'Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária' na Câmara Temática de Insumos Agropecuários. Tinha sido aconselhada pelo Paulo Márcio e pelo Ayrton a ser extremamente objetiva e a focar em resultados de interesse para os participantes. Acho que foi bom, o projeto foi bem recebido por todos, recebi feedback positivo após a apresentação e saí bastante satifeita.

Tá certo que estava meio que em casa. Na platéia estavam velhos e queridos conhecidos como Cristiano Simon (Andef), Henrique Mazotini (Aenda), Carlos Albuquerque (Ibraf e Sindirações) e uma prima que há muuuuuuuuuuuuuuuuitos anos eu não encontrava (Eliane Kay).

Felizmente a gente muda, felizmente a gente envelhece e felizmente a gente deixa prá trás os medos que limitam o nosso crescimento. Meus cabelos estão ficando brancos e isso me enche de alegria por não ser mais a menina tímida e insegura que um dia eu fui.

Nenhum comentário: