Quando decidi, há uma semana, mais ou menos, alugar um carro na Guatemala e vir conhecer El Salvador, não tinha a mínima ideia do que iria encontrar. E tenho certeza que 99,9% dos brasileiros não têm a mínima noção de como o país é. Cheguei a pensar 'é loucura'. 'É inconsequência'. Nada. Tudo preconceito.
Cruzando a fronteira com a Guatemala, a impressão não é das melhores. Mas logo a gente entra numa autopista que impressiona pela qualidade do asfalto e principalmente pela limpeza. Tudo pareceu muito limpo e muito organizado. E seguro também.
Mas antes de continuar... estou num carro alugado da Budget e, como ia me aventurar no total desconhecido, achei que seria prudente alugar também um GPS. Para minha enorme surpresa, o GPS não tem mapas de El Salvador. Uma beleza. Cruzei a fronteira e fim. Felizmente, a rodovia era bem sinalizada e não tive dificuldade de achar o rumo para San Salvador, a capital. Só... que a poucos quilômetros da cidade, a pista estava fechada e acabei entrando em Santa Tecla. Aí sim, me perdi valendo. Fiquei uma hora mais ou menos tentando achar o caminho. E o GPS calado. Pedi informação e 2 pessoas me deram informação errada. Mais e mais volta. Desistir eu não podia. Tinha que sair de Santa Tecla de um jeito ou de outro. E então, por um verdadeiro milagre, encontrei a rodovia para San Salvador. Não tem outra explicação a não ser um milagre. E salve Santa Tecla!
Quando estava quase chegando a San Salvador, escutei no rádio um convite para a Feria Internacional e a palavra mágica 'artesanías'. Entrei em San Salvador alucinada primeiro para arranjar um hotel para tomar uma ducha e segundo para ir para a feira. Consegui também por milagre chegar ao centro, mas não consegui um lugar seguro para estacionar e só fiz um city tour by car mesmo. Por milagre, encontrei o Hotel Alameda que fica na Al. Roosevelt. Fica fora da Zona Rosa, mas num lugar de fácil acesso para o centro e - principalmente - para a feira!
A feira. Quem me conhece sabe o quanto eu amo a América Latina e pode imaginar a minha emoção de estar vivendo o que estou vivendo. Shows de danças e músicas da América Latina inteira. Artesanato de todas as regiões de El Salvador e de diversos países da América Latina. Tinha, claro, uma mostra de produtos de outras partes do mundo - Estados Unidos, Europa, Taiwan, etc etc. Mas o dia em que eu quiser ver alguma coisa da Europa ou dos EEUU, pego um avião e vou ver in loco. Dizer que chorei de emoção é absolutamente desnecessário, né? Mas tá dito. Chorei mesmo. Bom demais estar lá misturada no povareu de gente, completamente anônima. Conversei com muita gente, comi muita coisa diferente, comprei muitíssimo artesanato e tirei centenas de fotos. Deixa elas contarem um pouco desta história...
Na estrada. Barraca de frutas - maior parte é produzida em Salvador. O que não é daqui veio da Guatemala. As lichias gigantes, por exemplo.
No rumo certo. Estradas bem sinalizadas, um bom asfalto. E um dia perfeito pra cair na estrada!
Chegando na Feria Internacional, no meu melhor visu BG (bicho grilo)
Maracatu made in El Salvador rssssssssssss
Estas frutas da Nicaragua eu posso levar para casa!
Não entendi nada do que ele falou sobre o significado da fantasia... mas para que saibam que não tenho medo de cara feia hehehehehehehehe
Uma mistura de tarot e bingo??
Las pupusas - são como as tortillas mexicanas, só que mais gordinhas. E maiores que as arepas venezuelanas/colombianas... e levam queijo, bacon y otras cositas más. A arte imita a vida.
O moço que pinta pedras. Comprei uma pedra pintada de sapo, para dar de presente para a Vera, que coleciona sapinhos.
Dueña Catalina, que me vendeu doces de panela, que é um caldo feito com cana de açúcar. O doce vem embrulhadinho numas trouxinhas de palha. Coisa mais linda (e mais gostosa!) O nome é 'ataditos de dulce' e a origem é Cojutepeque. Para quem quiser encomendar, o telefone é 2372 1319.
Saindo da feira... 4 horas depois... ficaria 4 horas mais... A vida é divertida. Não entendo por que é que tanta gente gasta tempo fazendo dela um peso. A minha é leve e muito boa. Vamos lá, 'sempre rir, sempre rir, prá viver é melhor sempre rir... eu que era triste agora não sou, até o moço chato gosta de rir, sempre rir, sempre rir, sempre rir!' (musiquinha do Bozo, lembram?)
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