Junto à Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, está localizado o Museu da Lapinha. Não sou frequentadora assídua de museus e não entendo o suficiente de Antropologia para opinar sobre a relevãncia das peças exibidas nesse museu... mas a minha sensação é de que as descobertas lá mereceriam uma atenção maior, um espaço maior e mais divulgação.
Peter Lund descobriu ali fósseis humanos com mais de 12.000-8.000 anos, denominados de Homem de Lagoa Santa. Pelo que li no museu, essa população apresentava características diferentes dos índios sul-americanos. A hipótese é que se trate de descendentes de uma linhagem que saiu da África há cerca de 100.000 anos e se dispersou para a Região Australasiana e, depois para as Américas através do Estreito de Behring. A outra linhagem, mongólica, só chegou à América do Sul 5.000 anos depois do Homem de Lagoa Santa. A reconstituição da face de Luzia - o fóssil mais antigo já encontrado nas Américas - deixa aparente a semelhança com as atuais populações australasianas e africanas... não tem nada de mongoloide como as populações indígenas sul-americanas atuais... se supõe, também, que esta linhagem tenha se extinguido devido ao tamanho pequeno da população e efeitos deletérios da endogamia.
Foi um final de semana de reencontro com professores da Bio... na Serra do Cipó reencontrei Ana Maria Giulietti e Nanuza Menezes. Na Lapinha reencontrei Walter Neves.
Museu da Lapinha, em Lagoa Santa
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Luzia, a mais antiga moradora humana da América do Sul
Os mortos eram enterrados em posição fetal. Primeiro, eram enterrados e depois os restos mortais eram recolhidos em urnas funerárias.
Urna funerária
Peça de cerâmica para armazenar alimentos e água
Lâminas de machados feitas com pedra
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