"Toda viagem deveria oferecer oportunidades para uma maior compreensão de si - e, na verdade, muitos livros de viagens são autobiografias disfarçadas: livros sobre o viajante, e não sobre o lugar" (Paul Theroux)
sábado, 7 de agosto de 2010
Minha querida tia Dalva
Entrei pro Ballet Vitória Régia em 81 e saí em 89, quando prestei vestibular e fui morar em São Paulo. Portanto, tive a felicidade de ter convivido com a tia Dalva durante um bom número de anos... além de dança, conheci música erudita e me apaixonei por Villa Lobos. Viajei muito com o grupo, participei de dois festivais em Joinville e uma das coreografias foi, inclusive, premiada lá, a Hava Nagila, que é uma música festiva hebraica. Ter praticado Ballet foi importante para formar minha personalidade, pela disciplina imposta pela tia Dalva, ela era exigente e eu gostava que fosse assim. Foi importante também pelo respeito que a gente desenvolve pelos professores e colegas e pelo espírito de grupo... afinal, uma apresentação só seria bem sucedida se todo mundo fizesse a sua parte com excelência... aprendi no ballet que chegar ao palco com uma apresentação perfeita de 5 minutos depende de muitas e muitas horas de ensaio incansável.
Tudo isso sem falar em postura corporal... e em 'fazer da queda um passo de dança'... e em segurar coceirinhas e comichões... e em não mascar chiclete... e em segurar onda... e em andar sempre de cabeça erguida... sim, sim, tia Dalva foi uma figura importante na minha formação.
Por que este flashback? Estou em Bauru e meu pai comentou que saiu no Jornal da Cidade hoje que a tia Dalva ganhou mais um prêmio de dança, agora na Argentina. E então me vi buscando vídeos no Youtube para matar a saudade. Ela continua linda, os cabelos antes grisalhos estão agora totalmente branquinhos (será que foi ela que me influenciou a deixar o tempo pintar também os meus cabelos??), mas com movimentos rápidos e precisos. Foi muito emocionante. Espero um dia vê-la novamente em palco cheia de graça. Com vcs, a minha tia Dalva:
Dalva e Bortolucci: outra medalha
Karla Beraldo
Depois de vencerem o 4.º Fórum Mundial da Dança, na Argentina, e o 11.º Festival Internacional “Avant Garde”, no México, os bailarinos Dalva Corrêa e José Luiz Bortolucci garantem mais uma medalha. A prata conquistada na última semana, também na Argentina, é a terceira premiação do casal, em menos de um ano.
“Esta está sendo uma temporada boa”, resume Dalva orgulhosa da participação no “Corrientes Danza 2010”. “Poema” foi a coreografia novamente apresentada pelos bailarinos. Criada para comemorar, em 2007, o aniversário de 30 anos do Ballet Vitória Régia - do qual Dalva é fundadora -, a apresentação faz uma homenagem ao marido da professora, falecido há cinco anos.
A partir de um poema escrito por ela, a dupla descreve no palco o movimento de duas almas que se amam. “É como se, em cada um de nós, existisse a alma do outro. Assim como as palavras do poema, os movimentos ilustram a troca de forças e a simbiose existente entre os seres”, explicou a coreógrafa, após a primeira conquista.
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