domingo, 29 de agosto de 2010

Perguntas e Respostas sobre a SBDA


Foto: Prof. Evaldo (centro), com o Secretário de Defesa Agropecuária Francisco Jardim à esquerda e o Diretor de Programas da Área Animal, Ênio Marques à direita. Ambos apoiaram a criação da SBDA na reunião de fundação de 16 de agosto de 2010.

Veja, na íntegra, entrevista concedida pelo prof. Evaldo ao portal IEPEC, na qual são esclarecidos diversos aspectos relacionados aos objetivos e projetos da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária.

A fim de fortalecer a Defesa Agropecuária, na última segunda-feira, em Brasília, a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA) foi criada. A idéia de uma SBDA se materializou através do Projeto Inovação Tecnológica para a Defesa Agropecuária e pretende zelar pelos interesses do agronegócio nacional.

Para conversar conosco sobre o assunto convidamos o Prof. Evaldo Ferreira Vilela, Ph.D, presidente da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária.

IEPEC - Com que finalidade a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária foi criada?

Evaldo Ferreira Vilela - Para dar ao Brasil uma maior e necessária
articulação entre os envolvidos com a Defesa Agropecuária. Empresários, pesquisadores, fiscais federais e estaduais, assim como as entidades precisam atuar em rede e a SBDA vem exatamente com este papel. Neste sentido, é grave a desarticulação na área, com apenas o MAPA e as agências dos Estados se esforçando para fazer o melhor. É preciso avançar para não atrapalhar os negócios. A SBDA nasce do Projeto Inovação Tecnológica para a Defesa Agropecuária – INOVBADEFESA, do CNPq/Fundo Setorial do Agronegocio-CTAgro exatamente para fortalecer o sistema brasileiro de Defesa Agropecuária, mais atuante nos interesses do agronegócio.

IEPEC - Quais são os objetivos ou metas da SBDA? Qual será o foco das atuações?

EFV - Os objetivos da SBDA são: (i) organizar as edições do seu evento maior, a Conferência Brasileira sobre Defesa Agropecuária-CNDA; (ii) editar a revista Brasileira de Defesa Agropecuária, em papel e on-line, de caráter técnico e científico, e (iii) manter a rede social RIT DA (Rede de Inovação Tecnológica para a Defesa Agropecuária). A III CBDA já foi assegurada para acontecer em 2012, na Bahia! Dando sequência ao sucesso obtido este ano em Belo Horizonte, promovendo ciência, tecnologia e inovação para as diferentes áreas da Defesa Agropecuária.

IEPEC - Ela atuará no quesito sanidade agropecuária? De que forma?

EFV - Sim, este é um tema central da atuação da SBDA, em todos os seus aspectos, incluindo insumos, trânsito de animais e vegetais e todos os outros. Vamos criar condições para que o conhecimento científico, tecnológico e as inovações cheguem a todos, garantindo maior qualidade e segurança aos alimentos e demais produtos agropecuários, tanto para o consumo interno como para a exportação, gerando riqueza e empregos.

IEPEC - A SBDA contará com a ajuda do governo?

EFV - Criada a partir do Projeto INOVADEFESA, financiado pelo CNPq/Fundo Setorial do Agronegócio, a Soc. Brasil. de Defesa Agropecuária deverá continuar recebendo o apoio do Ministério da Agricultura e Abastecimento - MAPA e dos órgãos de Defesa dos Estados, como o Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA, além das agências de fomento, como recebe toda sociedade técnico-cientifica, para prestar, sem fins lucrativos, um trabalho estratégico para proteger os negócios. Lembrando, ainda, que seus dirigentes não são remunerados. Mas extremamente importante também é o apoio das empresas. Se elas não se envolverem, ajudarem a erguer e fortalecer a SBDA, a iniciativa perderá seu sentido maior e quem, no final, irá perder são os próprios empresários, pela oportunidade perdida de terem um importante canal permanente e forte de comunicação com as universidades, institutos, Embrapa, MAPA, IBAMA, ANVISA e os próprios consumidores.

IEPEC - Ela representará todos os estados do Brasil?

EFV - Todos sem exceção, o que é absolutamente fundamental, porque as demandas por saúde animal e sanidade vegetal acontecem em todo o território nacional, e por isto nossa Sociedade tem participação ampla, inclusiva. Claro que o papel das regiões onde acontece a produção e surgem as exigências do agronegócio é a base de tudo, exigindo ações locais com visão global.

IEPEC - Como será o contato entre o produtor agropecuário e a SBDA?

EFV - Por meio da rede social RIT DA (www.inovafesa.ning.com) interativa, uma rede de cooperação na internet, todos podem colocar suas demandas de conhecimento e tecnologia, bem como disponibilizar informações e contatos nos mais diferentes tópicos da Defesa Agropecuária. Produtores já podem fazer perguntas e obter respostas dos profissionais do MAPA, de professores e pesquisadores renomados, estudantes de pós-graduação e fiscais agropecuários. Os produtores poderão participar, ou enviar pessoas para as Conferências Nacionais de Defesa Agropecuária, além de contar com a Revista Brasileira de Defesa Agropecuária, periódico que ira divulgar os maiores avanços técnicos e científicos de interesse da área. A SBDA irá atuar em rede com todas as cadeias, o que é muito importante para preencher uma grande lacuna existente hoje na articulação entre produtores, empresários e o MAPA e os órgãos estaduais. Com todos participando deste movimento da SBDA iremos resolver problemas, encontrar soluções e inovar mais rapidamente, com qualidade e quantidade compatíveis com o mundo globalizado.

IEPEC - Já existem planos de projetos a serem colocados em prática? Quais?

EFV - A III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária na Bahia, em 2012, a Revista da Defesa Agropecuária que terá seu primeiro número em inicio de 2011, a ampliação da rede social RIT DA e também do Diretório de Tecnologias, por meio do qual o Brasil fica sabendo que tecnologias e conhecimentos as universidades e demais instituições de pesquisa, como a Embrapa, estão colocando a disposição do desenvolvendo da Defesa Agropecuária.
São muitas ações relevantes em andamento ou para daqui a pouco, como os Encontros de Inovação, na INOVATEC, de 6 a 9 de outubro de 2010, quando, com a ajuda o Sistema Mineiro de Inovação (www.simi.org.br) produtores sentarão com pesquisadores, cientistas, para resolver com tecnologias seus problemas, conferindo-lhes maior competitividade no mercado.

IEPEC - Como serão os financiamentos dos projetos?

EFV - Pelas agências de fomento como CNPq, FINEP, BNDES e MCT/Fundos Setoriais e também pelas Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados – FAPs, em parcerias. Há recursos para projetos capazes de ampliar a competitividade do agronegócio e da agricultura brasileira, o que precisa é atuarmos cooperativamente em rede, com agilidade e competência. É preciso investir em inovação tecnológica para termos futuro. Ciência, Tecnologia e Inovação não é mais uma opção, é uma absoluta necessidade de sobrevivência do agronegócio brasileiro.

Fonte: http://www.iepec.com/noticia/criacao-da-sbda


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