terça-feira, 28 de junho de 2011

Um por do sol visto de dentro do Rio Machado


Gosto de passeios de barco... gosto de água... deve ser porque, quando eu era criança, meu pai tinha barco, lancha... e, virava e mexia, ele tava com a gente dentro de algum rio pescando ou esquiando... ele esquiava, a gente olhava, claro... acho que minha motricidade jamais permitiu ou permitirá equilíbrio a ponto de encarar um par de esquis...

A primeira vez que fui para Ji-Paraná, em meados de junho, vi uma plaquinha na beira do rio que anunciava passeios de barco pelo Rio Machado... mas fiquei na vontade... mas... desta vez cumpri o que havia me prometido - um passeio de barco no Rio Machado. Seo Juscelino, da Aguatur foi atencioso e estava na hora combinada com tudo pronto pro passeio. Quem pilotou foi Seo Reginaldo, que parecia conhecer cada pedra do rio... me levou para um passeio de uma hora no final da tarde, em direção ao sul do estado... um passeio curto no tempo e no espaço, mas repleto de passarinho, de passarão e de um ceu maravilhoso... um ceu que parece estar mais perto da cabeça da gente e que dá a sensação de ser uma redoma perfeita... neat...

Tem trechos com muita pedra e isso, dizem, explica o nome do rio... o rio grande cheio pequenos machados. Tem cachoeiras, também. Mas não vi. E tem peixe elétrico, também. Mas não vi. Só sei que o povo morre de medo dele... o poraquê... tem gente que diz que não bota nem o pé nesse rio por medo do peixe elétrico... isso me pareceu um exagero... fosse assim tão perigoso, certamente haveria placas sinalizando e as crianças não passariam a tarde nadando nele... enfim... feliz ou infelizmente não tive a chance de ver o poraquê...

Passeios como este relaxam... têm o poder de desacelerar minha cabeça... é quando consigo ficar sem pensar em Android, Google, tecnologia... e sempre desembarco feliz da vida por ter a chance de viajar e ver coisas que não estavam nos meus livros de geografia...





Se viver é navegar, meu barco lá se foi
Na correnteza da chuva, numa garupa
Que o vento levou pra bem longe do tempo

Cada porto um amor, em cada amor um adeus
Meu barco segue sozinho, mero destino
Eu quero avistar de dia sol de noite o farol

Sou pirata cigano
Velho lobo do mar
Gasto tudo o que ganho
Pelo prazer de sonhar!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um pouco de poesia neste feriado...

“O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais,
exijo demais,
há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessimista;
sou antes uma exaltada,
com uma alma intensa,
violenta,
atormentada,
uma alma que tem saudade …
sei lá de quê!”
(Florbela Espanca)

Prêmio Andef 2011

Há muitos anos trabalho com pragas agrícolas... e quando digo muito, quero que entendam exatamente dessa forma: muitos. Muitos quantos? Desde o final da graduação... ou seja, desde 1991... ou seja, metade da minha vida... primeiro, foram os estudos sobre Comportamento e Bioecologia... depois a tese em Controle Biológico... depois quatro anos de trabalho como editora na área que me 'obrigava' a ler pelo menos 200 artigos científicos por ano... para em seguida passar a realizar ensaios de eficácia de agrotóxicos para fins de registro... conhecer esses três ambientes - academia, indústria e MAPA - e transitar bem neles foi, provavelmente, o que me levou a assumir a organização dos ENFISAs em 2006... e a nunca mais parar... bom, nunca mais é tempo demais... mas faz cinco anos que estou nesta roda-viva e nela pretendo continuar mais alguns anos...

Trabalhar no ENFISA me oportuniza muitas coisas boas. Viagens, é claro, e não é segredo prá ninguém que adoro viajar... mas, mais que isso... me oportuniza conhecer pessoas e instituições em todo o Brasil e aprender com elas o que elas têm de bom. Isso me alimenta e me gratifica.

Semana passada, aconteceu um evento super bacana, em São Paulo: a entrega do Prêmio Andef. A Andef é a Associação Nacional de Defesa Vegetal e direta ou indiretamente trabalho para ela há uns 10 anos realizando ensaios para suas associadas, dando palestras, organizando o ENFISA ou produzindo uma edição da revista Defesa Vegetal este ano. Foi muito bom conhecer o trabalho realizado pelo setor privado - indústrias e cooperativas - na Educação Sanitária e na promoção de práticas agrícolas sustentáveis. Foi muito bom, também, encontrar bons e velhos amigos da academia, das indústrias para as quais trabalhei e dos órgãos federais e estaduais envolvidos na fiscalização de agrotóxicos. Parabéns à Andef e suas parceiras por esta iniciativa e pela excelência da cerimônia de premiação.


Clube Sírio - estava tudo lindo, muito lindo!

Com Luís Carlos (Andef), Filomena (AGED, querida amiga maranhense e coordenadora do ENFISA 2010) e Irineu (MA)

Amiiiiiiiiiiiiiiigas: Vera (IAGRO), Jô (JNL Eventos), Débora (Mahy Consultoria) e Natália (Lítula Comunicação em Agronegócios)

Com Vera (coordenadora do ENFISA 2011) e Luís Carlos, dois parceiraços de todas as horas difíceis. Bom revê-los sem o stress de Enfisa martelando na cabeça da gente!


VENCEDORES DO PRÊMIO ANDEF
Cerimônia reuniu quase 500 pessoas, em São Paulo; conheça os premiados.

A ANDEF realizou ontem, 20 de junho, a solenidade de entrega do XIV Prêmio ANDEF, maior premiação da agricultura brasileira. O evento, realizado no Esporte Clube Sírio, em São Paulo, reuniu cerca de 490 pessoas, entre pesquisadores, profissionais das empresas participantes, representantes de entidades do setor e órgãos do governo.
Ao longo da noite, foram homenageados trabalhos desenvolvidos por dez indústrias de defensivos, cento e nove centrais de recebimento de embalagens, sete revendas de produtos e treze cooperativas agrícolas. As atividades inscritas concorreram nas categorias: Profissional, Campo Limpo, Revendas e Distribuidores, Cooperativismo, Boas Práticas Agrícolas, Responsabilidade Social, Responsabilidade Ambiental e Responsabilidade Socioambiental.
De acordo com José Annes Marinho, gerente de educação da ANDEF, o Prêmio foi criado para valorizar iniciativas das instituições que encaram a sustentabilidade como uma oportunidade de ação, traduzindo valores em boas práticas. "As empresas e demais entidades do setor agrícola têm um papel importantíssimo na construção da sustentabilidade no campo. Ao estabelecer programas de conscientização ambiental e responsabilidade social, as empresas transmitem esse valor para todos os seus funcionários, fornecedores e principlamente ao produtor rural. É um grande canal multiplicador", comenta. "por isso, parabenizamos todos os participantes do Prêmio".
O Prêmio ANDEF é realizado em parceria com o inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias; OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras; e Andav - Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agropecuários e FEALQ - Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz.

COMISSÃO JULGADORA
Profissionais de diferentes frentes referentes ao segmento compuseram a comissão julgadora: Adriano Trentin Fassini, Ane Veronez, Ana Meire Natividade, Casimiro D. G. Junior, Celso R. Panzani, Erika Zanon, Everton Delazeri, Filomena Antonia de Carvalho, Flávia Patrício, Gislaine Balbinot, Heloísa Rey Farza, Inês Rosa, Ivo Henrique Muniz, Javier Vasquez Castro, João Nicédio Nogueira, Jose Annes Marinho, José de Souza Reis Filho, Júlio Sergio Britto, Luiz C. Castanheira, Marcelo Capelari, Marçal Zuppi, Marina V. Rocha, Norma de Fátima Fernandes de Carvalho, Pedro J. Christofoletti, Rubens A. Filho, Sylvio Dornelles, Vera Lúcia Amaral de Oliveira Pereira e Wilson Novaretti.

Fonte: Alfapress

Conheça os vencedores:

PROFISSIONAL:
Clodoaldo Dutra Flaitt - ARYSTA
Ciro Branco de Miranda Filho - BASF
Sérgio Martins - BAYER CROPSCIENCE
Denis Silveira - DOW AGROSCIENCES
Antonio Rossignolli - DUPONT
Rudimar Spannemberg - IHARABRÁS
Claudenir José da Silva - MONSANTO
Cleverson Vaz de Abreu - SYNGENTA

CAMPO LIMPO
Central de Primavera do Leste - Destaque modalidade Central Grande
Central de Ituverava - Destaque modalidade Central Média
Central de Araranguá - Destaque modalidade Central Pequena
Central de Piracicaba - Destaque no resultado Nacional

REVENDAS E DISTRIBUIDORES
Agrológica
Defagro
Agro Amazônia

COOPERATIVISMO
Coplana
Coplacana
Cooxupé

BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS
Dow Agrosciences - Programa de Aplicação Responsável
Defagro - Plantando Educação
Coplacana - Uso Correto e Seguro

RESPONSABILIDADE SOCIAL
Agro Amazônia - Somar
FMC - Plantando o 7

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Vida Agrociência - Água Nossa Vida
Basf - Provar

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Coplacana - Sustentabilidade do Produtor de Cana-de-açúcar
Cocari - Campanha Cocari Solidária

Fonte: ANDEF


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Melhorias na infraestrutura viária e Defesa Agropecuária - dá para conciliar?

A viagem que fiz ao Equador em 2008 foi muito importante, sob todos os pontos de vista. Fiz grandes amigos, pude conhecer a organização de vários setores do agronegócio de lá, visitar propriedades e conhecer o projeto Manta-Manaus, que trata da construção de um eixo multimodal de transporte ligando o porto de Manta, no Pacífico equatoriano a Manaus. Um projeto ousado e que, implementado, possibilitará o incremento significativo no comércio bilateral. E foi por causa desse projeto que uma organização equatoriana contratou a execução de 7 ARPs para frutos e outros produtos equatorianos. Foi muito gratificante realizar esse trabalho e, também, foi o nascimento de uma baita pulga atrás da minha orelha... sim... porque o que entra legalmente, com CFO e todos os requisitos fitossanitários atendidos representa um risco aceitável para o Brasil... mas... ao melhorar a infraestrutura viária, inevitavelmente, vai aumentar o trânsito de pessoas portando mercadorias ilegais, sejam elas insumos ou produtos de origem vegetal e animal. Prá fazer a pulga crescer ainda mais atrás da minha orelha, tomei conhecimento do PAC de infraestrutura, que prevê uma série de rodovias e pontes unindo os estados do Norte do Brasil a países como Guiana Francesa, Bolívia, Guyana, Venezuela e Peru. E, então, para responder a um questionamento do Odilson, fiz um levantamento rápido das pragas quarentenárias ausentes para o Brasil com ocorrência nos países da América do Sul, para que pudéssemos ter um retrato melhor do quanto essas obras poderiam representar um aumento no risco de ingresso de pragas agrícolas.

E foi por isso que, em 2009, fui a Belém para a primeira versão de uma palestra que já apresentei várias vezes, tentando alertar para a presença dessas pragas e o risco que elas representam para nossa agricultura... já ministrei na Bahia, no Rio Grande do Norte, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Roraima... e foi em Roraima que a Rachel viu... e achou que fazia sentido... e então me convidou para apresentar o trabalho numa reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal em Ji-Paraná, RO... resultado = eu falando para a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal.

Foi interessante pela oportunidade de conhecer o funcionamento de uma reunião do Senado... e também por ter tido a chance de colocar essa pulga gigante que habita o meu pavilhão auditivo há anos para todo o Brasil... foi tudo transmitido ao vivo pela TV Senado, Rádio Senado e pela internet. A apresentação rendeu um release que, ontem, havia sido citado em mais de 10.000 páginas da internet. Vamos ver se minha pulga conseguiu incomodar mais gente por aí... o que eu realmente gostaria de ver é o aspecto sanitário ser considerado no momento de se licenciar uma obra de infraestrutura. Sim, porque da mesma forma que o empreendedor é obrigado a obter uma licença ambiental que avalia os aspectos ambientais e riscos associados, deveria ser obrigado a obter uma "licença sanitária".


Fernando (SFA-R), eu, Ivo Cassol (senador pelo PP-RO), Acir Gurgacz (senador pelo PDT-RO)

Rachel Barbosa, do IDARON. A responsável pelo convite. Many many thanks.
Com equipe do Idaron relaxando após a reunião

domingo, 19 de junho de 2011

O Grande Rio Cheio de Pequenos Machados

Ji Paraná é cortada ao meio pelo Rio Machado... aliás... o nome Ji Paraná quer dizer exatamente isso... Rio Machado... Ji = Machado e Paraná = Grande Rio. Ela é chamada de Coração de Rondônia por causa da sua localização. O Rio Machado... ou o Ji Paraná... é um rio de águas escuras, ricas em matéria orgânica e que deságua no Rio Madeira... que por sua vez vai desaguar no Rio Amazonas já quase entrando no estado do Pará. Num fim de tarde fui dar uma olhadinha de perto... legal demais ver criançada brincando na beira do rio... nadando... gente pescando... e o tempo passando devagar, devagar... lamento não ter conseguido fazer um passeio de barco... mas já descobri que tem uma empresa (Aguatur) que oferece esse passeio... da próxima vez, eu vou!


sábado, 18 de junho de 2011

RO-26

Das 27 UFs brasileiras, só me faltava conhecer Rondônia e Mato Grosso. Mato Grosso, bem, digamos que conheci mais ou menos 1.000 metros quadrados do estado... ou seja, a pista de pouso e a sala de embarque do aeroporto de Várzea Grande... então não dá para dizer que conheço... mas também não dá para dizer que nunca estive em MT... agora... Rondônia... é outra história. Passei 3 dias entre Ji-Paraná e Porto Velho esta semana e deu para andar bastante e conhecer um pouco da vida por lá.

O estado tem na agropecuária o principal pilar de sua economia e uma estrutura fundiária interessante: 93% das propriedades tem menos de 240 ha. Me surpreendi pela diversidade de produtos agrícolas que encontrei no Feirão do Produtor Rural, um ponto de comercialização direta em Ji-Paraná, tudo made in Rondônia com exceção do alho e da cebola... comi, claro, tudo o que podia de frutas e tomates e me deliciei com o cheiro de coentro no ar e outros temperos...

Das 5 da tarde às 9 da noite... este é o point - tapioca, espetinho, pastel e outras guloseimas na porta do Feirão do Produtor Rural. Não sei em que dias da semana abre, fui numa quinta-feira.

Mega bananas... ou melhor... terabananas... a senhora me falou que outro dia tinha uma banana-da-terra que pesava - sozinha - 800 g! Haja sorvete de creme para acompanhar!

Tera-inhames! Imagina isso na minha panela de pressão... ia virar um nishimê e tanto!!

Abacaxi, laranja, melancia... tudo direto do produtor

Tomates super saborosos do Projeto Urupá, que ajuda a organizar os produtores da região.

Temperos para todos os gostos!


Urucum (pó vermelho) e mais temperos!

Ervas medicinais, remédio prá tudo... ou quase tudo... prato cheio pros etnobotânicos...

Barraca de peixe... com tambaqui criado em cativeiro e outras tantas espécies pescadas no Rio Machado

Ah, não vi muita coisa de artesanato, não... aliás... bem pouco... apenas um senhor vendendo tábuas de cortar carne e colheres de pau... de uma madeira chamada garapa. Pareceu ser uma madeira bem dura... comprei duas... pena que não dava para trazer peixes e temperos na mala...

Imagine there's no countries

Sou uma pessoa movida a sonhos. É muito clara para mim a lembrança de sonhar, ainda criança, em aprender todos os idiomas do mundo para poder me comunicar com pessoas de todos os países. Sempre tive esse sentimento de mundo, esse sentimento de que o mundo é muito maior do que os muros da minha casa ou que os limites da minha cidade... sempre quis conhecer tudo... lembro, na adolescência, de passar tardes com o nariz enfiado na coleção de dicionários da minha mãe para aprender palavras em outras línguas... e para minha sorte, nasci numa família que nunca me prendeu... que sempre me deu liberdade para escolher os meus caminhos... por mais malucos que pudessem parecer... talvez eu seja a única pessoa que, aos 16 anos de idade, preferiu ir para Manaus conhecer a Floresta Amazônica e o Rio Amazonas a ir para a Disney conhecer o Mickey Mouse... Também por sorte, tenho uma profissão e um estado civil que me dão uma autonomia considerável para ir e vir... conheci alguns países... 9% do total existente no mundo, segundo o Travel Brain... não tive ainda a oportunidade de conhecer nada do Mundo Árabe nem do Extremo Oriente... nem Europa Oriental... nem Oceania... mas... do pouco que conheci... o que mais gostei é - e acho que sempre será - o Brasil. Sempre achei o fim da picada gente que vai para o exterior e acha que tudo lá fora é melhor do que aqui no Brasil e fica criticando o nosso way of life. Isso é uma grande besteira. Pode ser diferente. Mas... melhor... tenho cá minhas dúvidas... Talvez por isso, os meus sonhos não incluem morar fora do Brasil e sim conhecer este país inteiro, com todas suas cores, nuances e 'pitoresquices'... minha meta, estabelecida aí na virada dos 30 anos foi conhecer todas as unidades da federação até os 40 anos... e agora, na virada dos 40, estou muito perto de conseguir... falta-me apenas Cuiabá... as outras... conheço todas... todinhas... com sua cultura regional, sotaque, com suas comidas, músicas, agricultura, artesanato... isto é um mosaico rico e colorido do qual me orgulho de fazer parte. E o grande aprendizado disso... dessa viajação toda... é que podemos diferir no jeito de falar, de vestir, de viver... mas, no fundo, no fundo, somos todos iguais, do mesmo lugar viemos e para o mesmo lugar partiremos... e aprende também que um mundo de pessoas livres para ir e vir é possível... no qual diferenças são apenas diferenças e não condições melhores ou piores... e viva john lennon... you may say i'm a dreamer, but i'm not the only one, i hope some day you'll join us and the world will live as one... agora... para a virada dos 50... que tal conhecer todas as capitais da América Latina?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Travel Brain, by GeckoGo


Fama é um negócio bom... porque depois que você pega, as pessoas começam a te alimentar com informação... e é desse jeito, graças à minha fama de geek, que vira e mexe alguém me manda um aplicativo prá testar ou algum site novo prá conhecer... uma maravilha... não preciso mais buscar ativamente, as coisas simplesmente vêm testadas e aprovadas por amigos... e ainda por cima tenho a fama de gostar de viajar... aí juntou uma coisa com a outra e ganhei da Andreza um aplicativo de Facebook para mapear os lugares onde já estive... isso é a versão online do globo terrestre que tenho na minha sala cheio de pontinhos pretos mostrando os lugares por onde andei e para os quais trabalhei... agora... que fiquei sabendo que conheço apenas 9% dos países do mundo... tenho que me apressar para conhecer os 91% que faltam nos 50-60% de tempo que me resta nesta vida... será que vai dar tempo?

Obs - dá para embedar o mapa em blog... mas não atualiza automaticamente... aí não tem graça... por isso coloquei só o print da tela de hoje...

III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária - começam os preparativos

Assista ao vivo o lançamento do evento, diretamente de Brasília:


Online TV Shows by Ustream

Assista hoje, a partir das 9h15 o lançamento da III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária na RITDA, com participação de:

Francisco Jardim (Secretário de Defesa Agropecuária)
Evaldo Vilela (Presidente da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária)
Décio Coutinho (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)
Paulo Emílio Torre (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia e coordenador da III

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Como fazer uma mulher feliz com apenas R$ 0,03. Sim, é possível.

Na impossibilidade de viajar, tem outra coisa que gosto muito - conhecer lugares novos através dos olhos de outra pessoa. Ano passado, era para eu ter ido para Angola, mas acabou dando errado e não fui... e fiquei na curiosidade...mas... agora, JC foi pra Luanda e voltou cheio de informações e sensações... bom... das duas coisas que pedi para ele me trazer, uma não foi possível: fotos. Ele foi aconselhado pelo pessoal de lá a não sair com a máquina sob o risco de ser assaltado... pena... eu ia adorar ver imagens de como é a vida lá... de tudo o que ouvi nas últimas semanas... a vida lá é cara... um PF (prato feito, como aqui no Brasil) custa a bagatela de 6.000 kwanzas... ou seja... 60 dólares! Duas refeições por dia e hospedagem num hotel por 23.000 kwanzas e lá se vão 350 dólares facinho, facinho... por dia. Sem comprar nada. Sem fazer passeio... até porque o turismo é praticamente inexplorado... Tem também a insegurança alimentar - falta em quantidade e falta em qualidade. E o que há está mal distribuído. Como tudo no país. Lá, ou você tem muito (e quando digo muito, eu quero dizer realmente muito)... ou vc não tem nada (e quando digo nada, eu quero dizer realmente nada). Ele viu pessoas brigando na rua por algo que valia 6 reais... Sad, too sad... Pelo que ele falou, a agricultura está incipiente... e portanto a proposta de ampliar ações do InovaDefesa prá lá me parece algo entre extremamente desafiador e fadada a dar errado... quero ficar no extremo mais otimista desse espectro... Eles precisariam primeiro passar por uma reforma agrária... e depois implantar infraestrutura como projetos de irrigação para viabilizar a atividade agrícola e pecuária... o abatedouro de frangos de um conhecido dele fechou por um motivo assim à toa: falta de frangos no país para matar. Inacreditável...

A segunda coisa que pedi para ele trazer foi uma moeda. Tenho um mapa mundi na parede há mais ou menos 10 anos. E nesse mapa eu colo moedas de outros países. Deve ter moeda de uns 50 países. Tem moeda prateada, dourada, acobreada... furadas, quadradas, hexagonais e até em formato de flor.. uma mais linda que a outra... Quem olha se impressiona pensando que estive em todos os lugares nos quais há moedas coladas... mas isso não corresponde aos fatos... só conheço uns 20... é que sempre que conheço alguém de outro país ou que foi prá outro país... eu peço um dinheirinho...

Mas este dinheirinho é muito especial. Primeiro, porque as moedas de Kwanzas já saíram de circulação faz tempo... mas ele deu um jeito... afinal, na minha coleção não servem notas de papel... então deve ter sido uma novela para conseguir uma moeda... Em segundo lugar, porque é expressamente proibido sair do país portando Kwanzas... crime federal... claro que ninguém seria condenado por portar 3 centavos de real... imagino... vai saber... e finalmente, o que faz essa moeda a mais especial do mapa... é a certeza de ser a única pessoa do mundo que fica se sentindo a pessoa mais feliz do mundo ao ganhar um presente que vale R$ 0,03...

O mapa: consagrado, por orientação de uma professora de Reiki à riqueza de todos os povos:

Os dois kwanzas:

A taxa de câmbio para o dia de hoje:

domingo, 12 de junho de 2011

Meu Nelore Campeão

No final de março, participei da reunião do FONESA em Recife e, durante o jantar de confraternização, conheci o Fernando Lima, diretor geral da AGED. Conversa vai, conversa vem... ele falou sobre a Campanha de Vacinação Contra Aftosa e depois me mandou o jingle e o cartaz... muito criativo! Tá tudo na RITDA. Aí, quando teve Enesco, ele me mandou de presente um Boi Campeão, que agora está aqui enfeitando a minha parede. E daqui a 2 anos... quem sabe estaremos todos em São Luís, assistindo ao bumba-meu-boi durante o XVII Enesco, né?

Fernanda Albuquerque, da AGED, e o Nelore Campeão - muita animação em BH para levar o ENESCO 2013 prá São Luís. Tô dentro!

O Nelore Campeão com seringa na mão prá lembrar: Defesa Agropecuária é responsabilidade de todos.

Saldo do blecaute

Quinta-feira, teve um vendaval fortíssimo seguido de blecaute em BH. Boa parte da cidade ficou no escuro por algumas horas... mas eu fui duplamente agraciada por ter tanto minha casa quanto meu escritório na região que ficou mais de 30 horas sem luz. E sem telefone.

Quando acabou a luz, estava no fone com JC e disse que minha vontade era aproveitar que as malas estavam no carro (sim, pq cheguei de Campo Grande e vim direto para a empresa) e ir para Maceió... ou para Belém... se soubesse que o blecaute ia durar 30 horas, com certeza teria feito isso... mas... preferi acreditar na propaganda da Cemig, que diz que MG tem os melhores serviços em fornecimento de energia elétrica do país e me dei mal, vejam:

- Exercício físico forçado para dar conta de 15 lances de escada na quinta à noite... com mochila do notebook nas costas
- Uma noite mal dormida pois a garagem dormiu escancarada
- Uma noite bem dormida em um hotel a 3 quadras da minha casa e 300 reais a menos na conta bancária
- Um dia inteiro sem trabalhar e sem poder receber telefonemas na empresa (esta é a pior parte)

Bom, butsubutsu* à parte... hoje vim à Agropec e, para meu alívio, está tudo em ordem - internet ok, impressoras ok, não queimou nada. Como dizem, tudo está bem quando termina bem... agora é correr atrás do tempo perdido...


Prá quem não conhece, este é o meu cafoffice (cafofo + office):

*Butsubutsu é uma palavra japonesa que a gente usa quando a pessoa fica reclamando de tudo, muitas vezes sem razão, bem do jeito que eu fiz há 2 parágrafos atrás rsssssss

Minha vida é falar por este país...

Semaninha agitada... conversei com tanta gente que nem sei... foram 3 dias em Campo Grande com atividades mil - vídeo-conferência com 8 Embrapas da área animal para discutir um workshop sobre ameaças sanitárias em parceria, participação como ouvinte na reunião da Câmara Setorial de Carne Bovina, stand da Embrapa Gado de Corte para mostrar a RITDA... com direito a muitas conversas interessantes sobre o workshop de ameaças sanitárias, o encontro de inovação em Pecuária e a III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária... e também... conheci o novo bolsista do InovaDefesa... e até rolou entrevista com o Tobias, do Canal Terraviva... e jantar do Congresso com a Vera e Roxana... conversa com o pessoal da RuralCentro sobre uma possível integração de conteúdos... uau... prá 3 dias tá bom, né? Quem me dera ganhar por conversa realizada... ficaria rica rapidinho! E pensar que até os 20 anos de idade, eu era patologicamente tímida, dá nem prá acreditar... mas vamo que vamo, hoje é domingo, dia de fazer um balanço da semana que passou e de organizar a semana que tá começando...

Francisco Jardim, Secretário de Defesa Agropecuária, no stand da Embrapa/RITDA durante o Congresso Internacional da Carne - presença confirmada no lançamento da III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária semana que vem.

Pedro Arraes, presidente da Embrapa, recebendo o livro Tecnologias e Competências em Defesa Agropecuária, organizado pelo Professor Evaldo Vilela, eu, Joaquim Amado, Andrea Stancioli e Marcus Vinícius Sandim.

Pedro Paulo Pires, ladrão de sapatos. Brincadeira. Pesquisador da Embrapa Gado de Corte visitando a RITDA durante o Congresso da Carne.

Guilherme Malafaia, também pesquisador da Embrapa Gado de Corte, visitando a RITDA durante o Congresso da Carne. Conhecido de outras 'encarnações', lá do tempo em que eu era professora na Uergs e ele era professor da UCS. Este mundo é um ovo.

Dois queridos amigos - Décio Coutinho (CNA) e Sebastião Costa Guedes (CNPC) conversando na RITDA sobre workshop sobre ameaças sanitárias para a Bovinocultura de Corte. Tem novidade chegando. Aguardem.

Joana Vieira (CGAC), Andrea Parrilla (SDC) e Sônia Nunes (CGAC) - amigas do MAPA visitando a RITDA em Campo Grande.

Tobias Ferraz, da TV TerraViva. Adoro a simpatia dele. Ser entrevistada por ele é muito divertido e um teste pros reflexos...não tem essa de combinar o roteiro antes, não... ele tira umas perguntas do além e aí é um se vira nos 30 prá responder.

Vera Lúcia Amaral de Oliveira Pereira (ai de mim se mutilar o nome dela) e Roxana Yarzon (aqui, amiga, me desculpe, mas não consegui ainda decorar teus 4 sobrenomes) no jantar do Congresso Internacional da Carne. Boa conversa e diversão garantida numa noite fria de junho.

Os dois bolsistas do InovaDefesa lotados na Embrapa Gado de Corte: João Carlos da Costa Jr. (recém chegado) e Marcus Vinícius Sandim.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Basta, senhora presidenta.

Até agora esta foi a melhor contestação com fulcro na língua portuguesa que recebi sobre este famigerado termo "PRESIDENTA".

Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?

Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?

Presidenta???

Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua?

Bem, vejamos:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte,
o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é
mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação
que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante,
ente ou inte.

Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta",
independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela
"ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não
"adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".



Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação...
Miriam Rita Moro Mine
UFPR

terça-feira, 7 de junho de 2011

III Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária

Já tem local: Centro de Convenções de Salvador, BA
Já tem data: 24 a 27 de abril de 2012
Já tem pais: Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária e Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia
Já tem tema: "Defesa Agropecuária: Responsabilidade Compartilhada"

Venha conhecer a proposta do evento. Lançamento dia 14 de junho de 2011, na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), às 9h.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Trabalhos apresentados no ENESCO em BH





Apesar de pouco difundida e pouco valorizada, a Educação Sanitária é fundamental para aumentar a eficácia de programas de vigilância, fiscalização e combate a pragas e doenças. O Conesco - Colégio Nacional de Educação Sanitária e Comunicação realizou de 1 a 3 de junho o seu 16o evento, que reuniu cerca de 500 profissionais de todo o país. Durante o evento, foram realizadas palestras, paineis e sessões de apresentação de trabalhos (vídeos, pôsteres, maquetes, etc). Além disso, foram realizadas oficinas para cerca de 200 crianças que se tornaram sanitaristas mirins.

Veja os trabalhos apresentados:

Veja mais fotos como esta em Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária


O evento permaneceu 'adormecido' durante cinco anos e voltou 'com tudo', graças ao trabalho incansável do pessoal do IMA (Dr. Altino, Beth, Ana Maria, Gilson e equipe), da Natália e da Jô. O sucesso foi tanto que antes mesmo do evento começar, já tinha estado se candidatando a realizar o próximo ENESCO.

Onde será o próximo? Tchan tchan! Na minha adorada São Luís, sob coordenação do Fernando Lima, Fernanda e equipe da AGED! Já tá anotado - junho de 2013. E pensar que Enesco em São Luís começou na mesa de uma churrascaria em Recife... por isso que sempre digo - a gente só ganha em conhecer pessoas, em conversar com elas... tenho certeza que Fernando e equipe farão um evento tão bom quanto o de BH!