"Toda viagem deveria oferecer oportunidades para uma maior compreensão de si - e, na verdade, muitos livros de viagens são autobiografias disfarçadas: livros sobre o viajante, e não sobre o lugar" (Paul Theroux)
domingo, 9 de dezembro de 2012
Tapando o sol com a peneira...
Odeio coisa mal feita. Odeio paliativos. Prá mim, ou o negócio resolve pela raiz ou então melhor não gastar tempo fazendo de conta que resolve... Escutei na Voz do Brasil ontem uma proposta de um deputado para que os alunos do ensino fundamental tenham 3 aulas de educação física por semana como medida de combate à obesidade infanto-juvenil... pergunto: adianta fazer 3 aulas de educação física se não houver aulas de educação alimentar e nutricional?
domingo, 11 de novembro de 2012
Meu primeiro aplicativo web
Não é que eu seja teimosa... sou é obstinada... e depois do lançamento do SPP no mês passado fiquei animada para sair modelando bases de dados e gerando novos aplicativos. E foi assim que, numa noite chuvosa e quieta, descobri o Zoho e ele me abriu os caminhos para um mundo novo e desafiador.
Tudo me parece tão absurdamente simples que até duvidei quando meu primeiro aplicativo (ou app, para os íntimos) ficou apresentável. Sim, porque software que se preza (assim como teses, livros e obras de arte) nunca fica pronto, fica apenas apresentável. E ficou com uma carinha bonitinha e com as funcionalidades que eu gostaria de dar.
Ele traz uma compilação de termos de Defesa Agropecuária. É uma ideia que martela na minha cabeça há uns 3 anos mas que somente agora aprendi as ferramentas necessárias para implementar. E olha que não foi falta de fuçar. E por que um léxico de Defesa Agropecuária? Porque isto não está compilado em nenhum livro que eu tenha conhecimento, nem site... é um conhecimento que está disperso em legislações, normas e outras publicações... mas não está consolidado, ou melhor, não estava. A compilação vem sendo feita desde 2009 pelo pessoal do InovaDefesa e, agora em 2012, com a entrada da Rebeca na Agropec, foi dado um gás enorme e chegamos perto de 2.000 termos das mais diversas áreas.
Entrem lá prá ver: www.defesaagropecuaria.com e também na RITDA.
sábado, 13 de outubro de 2012
A beleza está nos olhos de quem vê... e o racismo, também...
Cresci no meio de livros de Monteiro Lobato. Minha mãe tinha uma coleção enorme de livros do Sítio, todos de capa dura e verde com letras douradas, que ocupavam uma estante inteira na sala. Li todos, todinhos. Lembro do esforço que era subir na estante para pegar os livros e do cheiro deles até hoje... Por isso, para mim foi uma surpresa quando, há cerca de um mês, começou a polêmica em torno da obra da Monteiro Lobato... está sendo acusada de conter elementos racistas...
Estava no trânsito dia desses e pensei... se a moda pega, logo logo vão proibir as rádios de tocar aquela música que diz 'eu não sou cachorro não prá viver tão humilhado... eu não sou cachorro não para ser tão desprezado'... lembram? Valdick Soriano poderia ser acusado de incitar maus tratos a animais... e outra... Tim Maia lá no ceu pode ser acusado de homofobia em 'vale tudo, só não vale dançar homem com homem nem mulher com mulher'... e aí, como fica?
Penso que o artista cria e o público consagra... e se o público consagra é porque se enxerga, se identifica com a obra. Então não é Monteiro Lobato que é racista nem Valdik Soriano que maltrata bichos e nem Tim Maia homofóbico... no caso de Monteiro Lobato, talvez o racismo esteja mais na cabeça de quem enxerga racismo em suas páginas porque eu, sinceramente, não me tornei uma pessoa racista apesar de ter passado minha infância enfiada nas suas estórias...
Estava no trânsito dia desses e pensei... se a moda pega, logo logo vão proibir as rádios de tocar aquela música que diz 'eu não sou cachorro não prá viver tão humilhado... eu não sou cachorro não para ser tão desprezado'... lembram? Valdick Soriano poderia ser acusado de incitar maus tratos a animais... e outra... Tim Maia lá no ceu pode ser acusado de homofobia em 'vale tudo, só não vale dançar homem com homem nem mulher com mulher'... e aí, como fica?
Penso que o artista cria e o público consagra... e se o público consagra é porque se enxerga, se identifica com a obra. Então não é Monteiro Lobato que é racista nem Valdik Soriano que maltrata bichos e nem Tim Maia homofóbico... no caso de Monteiro Lobato, talvez o racismo esteja mais na cabeça de quem enxerga racismo em suas páginas porque eu, sinceramente, não me tornei uma pessoa racista apesar de ter passado minha infância enfiada nas suas estórias...
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domingo, 7 de outubro de 2012
Bonito é pouco. Bonito deveria se chamar Maravilhoso!
Muitas vezes fui a Campo Grande. Certamente mais de 10... e muitas vezes senti vontade de dar uma esticadinha até Bonito... mas no corre-corre, trabalha-trabalha, nunca tinha feito isso. Mas, desta vez, deu para ir lá sentir o gostinho. Foi apenas um dia, suficiente para dois passeios. De manhã, no Aquário Natural e à tarde Arvorismo no Ybira Pe (que já contei há pouco).
A chegada. Tudo muito limpo e organizado. Dica: tem que reservar horário pois, principalmente na alta temporada, os passeios em Bonito são bem concorridos. |
Vista da mata. Um verde de encher os olhos! |
No Aquário Natural, eles emprestam a roupa, máscara, snorkel e os crocs. Tudo muito organizado mesmo! |
A gente anda uns 400 m até chegar na nascente do Rio Baía Bonita. Neste local, a gente vê várias nascentes borbulhando, é lindo! |
Devidamente paramentada para passar 2 horas dentro da água. Entra de sapato e tudo. |
Nasci prá esta vida rsssssss |
Piraputangas |
As piraputangas dominam a cena, mas contei umas 12 espécies de peixes em 400 m de rio. O percurso todo tem 800 m, mas nadamos apenas 400 m ainda tínhamos o arvorismo para fazer logo em seguida. |
O rio é lotado de conchas, conchas enormes. Depois JC me explicou que isso explica por que a água é tão límpida. As conchas são ricas em carbonato de cálcio, que precipita matéria orgânica. |
Indo pra tirolesa. Esta é curtinha e a gente cai dentro da água. |
É... Bonito deixou aquele gosto gostoso de quero mais!
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i7 com Windows 3.1
Minha avó está com quase 90 anos... tem Alzheimer, Parkinson e sobreviveu a um AVC há cerca de 4 anos. O AVC foi identificado muito rapidamente, então não deixou sequelas... e o Parkinson está medicado e ela não tem tremores... mas o Alzheimer... esse sim pega. Pelo olhar dela e pelo tom de voz, dá para saber se ela está presente ou se é apenas o corpo dela que está lá... Meu avô, primeiro marido dela, faleceu há cerca de 20 anos. A mãe dela, há bem mais tempo do que isso. No entanto, tem dias em que minha avó tem certeza de que os dois estão vivos. Hoje, por exemplo, ela me falou que estava na casa do meu avô... perguntei como ele estava e ela falou que estava bem. Já aprendi que, nos dias em que a mente dela não está presente, não adianta nada a gente argumentar nem tentar comprovar que ela está errada. Aprendi isso durante uma refeição, quando ela perguntou se a mãe dela estava bem e eu disse que sim, que ela estava muito bem lá no ceu... ela ficou me olhando como quem não estava querendo aceitar que a mãe dela morreu...
Nestas horas, fico pensando... talvez o Alzheimer seja uma forma de nos protegermos da dor de ver as pessoas queridas partirem. Nestas horas, também, fico pensando que a gente deve se esforçar para que nossa vida seja, na medida do possível, uma sequência de dias serenos... pois quando ficarmos velhinhos, vamos voltar a vivenciá-los... talvez o alemão seja, afinal, uma forma de acerto de contas com nosso passado... ao longo da nossa vida a gente vai desenhando o paraíso ou o inferno no qual vai viver quando o alemão bater à nossa porta...
E o mais interessante é que, organicamente falando, ela está ótima. Fazendo uma analogia, é como se fosse um processador i7 rodando Windows 3.1... ou uma Ferrari dirigida pelo Mr. Magoo...
Nestas horas, fico pensando... talvez o Alzheimer seja uma forma de nos protegermos da dor de ver as pessoas queridas partirem. Nestas horas, também, fico pensando que a gente deve se esforçar para que nossa vida seja, na medida do possível, uma sequência de dias serenos... pois quando ficarmos velhinhos, vamos voltar a vivenciá-los... talvez o alemão seja, afinal, uma forma de acerto de contas com nosso passado... ao longo da nossa vida a gente vai desenhando o paraíso ou o inferno no qual vai viver quando o alemão bater à nossa porta...
E o mais interessante é que, organicamente falando, ela está ótima. Fazendo uma analogia, é como se fosse um processador i7 rodando Windows 3.1... ou uma Ferrari dirigida pelo Mr. Magoo...
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Muito melhor do que desafiar-se é vencer-se
Nunca fui assídua praticante de esportes. Menos ainda de esportes radicais. Por isso, quando me vi a 50 cm do chão de um circuito que duraria cerca de 1h30 e 400 m, quase desisti. Não houvesse logo atrás de mim uma pessoa me motivando a subir, teria desistido certamente. Afinal, pensei, o que estava querendo com aquilo? Não precisava provar nada para ninguém, oras... mas sabia que, se desistisse naquele começo, nunca mais teria coragem de tentar novamente. Aceitei o desafio, respirei e, nos próximos 50 cm de subida, lembrei do velho quadrinho de risco, ou seja, a combinação de perigo e probabilidade... e concluí que, apesar do impacto de 20m em queda livre ser considerável, a probabilidade disso acontecer era negligível... poderia, sim, ficar pendurada na corda vida pelas solteiras, mas cair, me espatifar... altamente improvável. Então, se o risco era negligível, o negócio era controlar a mente e continuar subindo.
O circuito de arborismo do Ybira Pé tem 400 m, já falei... são 14 trechos entre caminhada sobre fio de aço, sobre corda, sobre pedaços suspensos de madeira e que culminam com uma tirolesa. A guia, cujo nome não lembro mais se era Manoela, Monique ou Nicole (o pavor do momento não permite lembrar rsss), acompanhou o tempo todo na frente e ia tirando fotos... e meu anjo-da-guarda, JC, o tempo todo atrás me ajudando a trocar os cabos das solteiras entre um trecho e outro, quando necessário. Por volta dos 5 metros de altura, perguntei a ela se o que estava tremendo era a corda ou se era eu. E ela respondeu o que eu já imaginava: era eu. Ai.
Dos 10 aos 15 m, dei uma relaxada porque já não faria grande diferença cair de 10 ou de 15 m... a vista lá do alto é linda. A gente enxerga longe, longe... até que chegamos a um trecho de cordas que era uma subida íngreme... tinha visto este trecho lá do chão e me perguntei se teria perna para aquilo. Devia ter um ângulo de 60 graus. Aí, faz a conta: 60 graus de declividade, 15 metros do chão e eu presa por dois cabos à corda vida? Ou melhor, à vida??
No final do trecho de corda, mais uma surpresa: uma escada que levaria a uma plataforma de onde partia a tirolesa. Sem brincadeira. Eu queria passar o resto da minha vida abraçada àquele ipê roxo maravilhoso... Descer de lá dos 20m prá quê? Enfim, na falta de outra opção, vamos lá encarar a descida através de um único cabo, presa por um único ponto... JC foi primeiro e deu para ter uma noção do tempo que iria demorar entre sair da plataforma de 20 m até chegar à outra, que devia estar a uns 3-4 metros abaixo... dizer que senti medo seria uma mentira, uma grande mentira. Senti foi pânico. ficar lá parada à beira da plataforma, olhar lá embaixo... dá aquele frio na barriga. Mas já que não tinha outro jeito e já tinha chegado até lá... pulei. Pulei e para minha surpresa a sensação é maravilhosa. Depois que a gente pula, o medo vai embora, é uma alegria muito grande e a gente fica querendo que aquele pulo dure para sempre. Prá terminar, um rapelzinho de uns 8 m, coisa à toa...
O circuito de arborismo do Ybira Pé tem 400 m, já falei... são 14 trechos entre caminhada sobre fio de aço, sobre corda, sobre pedaços suspensos de madeira e que culminam com uma tirolesa. A guia, cujo nome não lembro mais se era Manoela, Monique ou Nicole (o pavor do momento não permite lembrar rsss), acompanhou o tempo todo na frente e ia tirando fotos... e meu anjo-da-guarda, JC, o tempo todo atrás me ajudando a trocar os cabos das solteiras entre um trecho e outro, quando necessário. Por volta dos 5 metros de altura, perguntei a ela se o que estava tremendo era a corda ou se era eu. E ela respondeu o que eu já imaginava: era eu. Ai.
Dos 10 aos 15 m, dei uma relaxada porque já não faria grande diferença cair de 10 ou de 15 m... a vista lá do alto é linda. A gente enxerga longe, longe... até que chegamos a um trecho de cordas que era uma subida íngreme... tinha visto este trecho lá do chão e me perguntei se teria perna para aquilo. Devia ter um ângulo de 60 graus. Aí, faz a conta: 60 graus de declividade, 15 metros do chão e eu presa por dois cabos à corda vida? Ou melhor, à vida??
No final do trecho de corda, mais uma surpresa: uma escada que levaria a uma plataforma de onde partia a tirolesa. Sem brincadeira. Eu queria passar o resto da minha vida abraçada àquele ipê roxo maravilhoso... Descer de lá dos 20m prá quê? Enfim, na falta de outra opção, vamos lá encarar a descida através de um único cabo, presa por um único ponto... JC foi primeiro e deu para ter uma noção do tempo que iria demorar entre sair da plataforma de 20 m até chegar à outra, que devia estar a uns 3-4 metros abaixo... dizer que senti medo seria uma mentira, uma grande mentira. Senti foi pânico. ficar lá parada à beira da plataforma, olhar lá embaixo... dá aquele frio na barriga. Mas já que não tinha outro jeito e já tinha chegado até lá... pulei. Pulei e para minha surpresa a sensação é maravilhosa. Depois que a gente pula, o medo vai embora, é uma alegria muito grande e a gente fica querendo que aquele pulo dure para sempre. Prá terminar, um rapelzinho de uns 8 m, coisa à toa...
Entrada do Ybira Pe |
Nesta hora, a mente esvazia... o que realmente importa é manter-se em cima da corda... |
Andar olhando a copa das árvores de cima prá baixo é uma sensação incrível! |
A subida final prá tirolesa. Pernas, prá quê te quero! |
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Regina Alienista?
Eu só sei que esta consultoria no IMA está mudando minha forma de ver o mundo. Antes, entrava no Mercado Municipal e achava tudo lindo, maravilhoso e pitoresco... hoje, depois de passar horas e horas em reunião com o pessoal da GIP, vejo ovos vendidos sem inspeção e sem classificação... e provavelmente sem controle sanitário... queijo clandestino... por causa das reuniões com o pessoal da GDA, vejo animais vendidos sem controle... que entraram provavelmente sem GTA e que sairão de lá também provavelmente sem GTA... vejo nas bancas de flores e mudas artigos que circularam sem PTV ou GTV, sem padrão, sem registro no RENASEM... vejo nas bancas de hortaliças produtos sem rastreabilidade... vejo arroz para culinária japonesa vendido de forma fracionada... sabe-se lá deus se fizeram alguma mistura? Sabe-se lá deus se o quilo tem realmente 1.000 gramas? Hoje, fui ao mercado comprar frango para fazer uma sopa... e ao chegar ao açougue encontrei coxas separadas do peito separado das asas... e pensei... 'ah, deve ter tido alguma condenação parcial por isso estão vendendo tudo separadinho assim...'. Olhei para a parte de carnes congeladas e aqueles cortes temperados que antes me pareciam tão apetecíveis... são vistos como pedaços reaproveitados de peças contundidas ou com algum 'achado' e que foram maquiados... temo ficar como o Alienista, de Machado de Assis... que depois de analisar e concluir que todos ao seu redor eram loucos, ele próprio se internou. Afinal, se único normal era ele, então na verdade, o normal era ser louco. Resultado: soltou todos os 'loucos' e se internou sozinho no hospício.
Mas não sou do tipo que desiste fácil e que treme diante de um desafio. Alguma solução deve haver para que as pessoas - consumidores - se conscientizem de que elas também fazem parte deste processo para melhoria da qualidade e segurança do que levam para suas casas. E, então, saio desta etapa do projeto convencida de que o caminho passa pela Educação Sanitária, pela rastreabilidade, pela agregação de valor ao produto certificado e valorização do produtor ou agroindustrial que faz tudo direitinho. Eu me nego a acreditar nessas pessoas que dizem que o Brasil não tem jeito, que brasileiro não entende as coisas. Assim como os anos 90 marcaram a virada da Educação Ambiental, penso que está na hora de darmos uma guinada na Educação Sanitária, com cada cidadão entendendo-se parte ativa e responsável pela segurança do alimento que ingere.
Mas não sou do tipo que desiste fácil e que treme diante de um desafio. Alguma solução deve haver para que as pessoas - consumidores - se conscientizem de que elas também fazem parte deste processo para melhoria da qualidade e segurança do que levam para suas casas. E, então, saio desta etapa do projeto convencida de que o caminho passa pela Educação Sanitária, pela rastreabilidade, pela agregação de valor ao produto certificado e valorização do produtor ou agroindustrial que faz tudo direitinho. Eu me nego a acreditar nessas pessoas que dizem que o Brasil não tem jeito, que brasileiro não entende as coisas. Assim como os anos 90 marcaram a virada da Educação Ambiental, penso que está na hora de darmos uma guinada na Educação Sanitária, com cada cidadão entendendo-se parte ativa e responsável pela segurança do alimento que ingere.
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012
We were like peas and carrots
Aprendi essa expressão assistindo a Forest Gump, para referir-se a duas pessoas inseparáveis... algo como feijão com arroz, unha e carne... e foi pensando nisso que batizei a SH100 de Pisum e o celular de Daucus. A Pisum conecta-se a qualquer rede sem fio (inclusive pode usar o próprio sinal de um celular que funcione como hotspot) e pode ser controlada remotamente pelo Daucus ou qualquer outro dispositivo com Android 2.2 ou superior.
Veja especificações do brinquedinho da Samsung.
Veja especificações do brinquedinho da Samsung.
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domingo, 26 de agosto de 2012
Minha vida é comer tapioca por este país...
Tenho o privilégio de conhecer todos os estados do Brasil e, claro, Brasília. Isso começou quando era criancinha pois meus pais - principalmente meu pai - tinham o pé na estrada e sempre levavam a gente para viajar... depois, aos 12-13 anos, comecei a criar asas e a viajar sozinha, digo, sem meus pais... primeiro com o Ballet Vitória Régia, depois competindo em olimpíadas de Matemática, depois fui morar fora e a faculdade oportunizou uma série de viagens também. Mas até então era tudo muito no sudeste e sul do Brasil. A não ser pelas viagens a Campo Grande em 1984 e a Manaus em 1985, eu só conhecia SP, PR, SC e RJ... só fui conhecer o nordeste em 1997 quando estagiei com o Nascimento em Cruz das Almas... depois fui morar em Vacaria e Norte e Nordeste se tornaram ainda mais distantes. Mas, em compensação, conheci bem o RS... e tinha a chance de participar de congressos de Entomologia prá lá e prá cá...
Em 2006, comecei a trabalhar nos ENFISAs... e aí é que comecei a viajar prá valer. E sempre que viajo gosto de comer comidas diferentes, comidas que não vá encontrar no bairro onde moro. Não lembro ao certo quando foi a primeira vez que comi tapioca mas sei que, no princípio, eu achava que ela fosse uma comida típica do nordeste. Apesar de ter passado muito mal, lembro da tapioca com ovo que comi no centro de Fortaleza (tamanha falta de juízo comer ovo na rua, mas tudo bem, na época em não estava muito consciente sobre o que eram Salmonellas)... Lembro das tapiocas maravilhosas que comia todo dia de manhã no hotel em Belém... do Tapioca Break que fizemos no Enfisa de Maceió em 2009 com direito à linda vista de Pajuçara e a brisa do mar... da moça da tapioca do hotel de São Luís que me via entrar no salão do café e já ia preparando a minha tapioca com ovo (e sem Salmonellas)... do moço do hotel de Campo Grande que também já nem esperava eu pedir... da tapioca de tucumã que ficou na promessa em Manaus... da tapioca ao nascer do sol em Recife... da tapioca tamanho gigante plus de João Pessoa, do rodízio divino de tapioca em Brasília, da tapioca na feira em Ji Paraná em Rondônia, a tapioca assadinha no forno com manteira e orégano de Salvador... depois de rodar o Brasil inteiro, cheguei à conclusão de que eu estava errada. A tapioca não é típica do Nordeste, não. A tapioca é típica do Brasil. Enrolada, dobrada, grande, pequena, grossa, fina, doce ou salgada... cada lugar tem seu jeito de fazer a tapioca... Vi que ela só não é consumida comumente de SP prá baixo... ou seja, o Brasil tal qual eu conhecia até a virada do século é justamente aquele onde não se come tapioca. Triste admitir isso, mas nasci no lugar errado pois sou doida por tapioca!
Curiosidade: o MAPA regulamentou os padrões de identidade e qualidade para a tapioca. Veja, IN 23/2005:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
GABINETE DO MINISTRO
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 23, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2005
O MINISTRO DE ESTADO, INTERINO, DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto na Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, no Decreto nº 3.664, de 17 de novembro de 2000, e o que consta do Processo nº 21000.012917/2005-40, resolve:
Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOS PRODUTOS AMILÁCEOS DERIVADOS DA RAIZ DE MANDIOCA, conforme anexo desta Instrução Normativa.
Art. 2º Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na execução desta Instrução Normativa serão resolvidos pelo Órgão Técnico competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
LUÍS CARLOS GUEDES PINTO
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOS PRODUTOS
AMILÁCEOS DERIVADOS DA RAIZ DE MANDIOCA
1. Objetivo: o presente Regulamento tem por objetivo definir
as características de identidade e de qualidade dos Produtos Amiláceos
derivados da Raiz de Mandioca.
2. Conceitos: para efeito deste Regulamento, considera-se:
2.1. Fator ácido: é o volume dado em mililitros de HCl 0,1N,
necessário para conduzir a pH 3,0 uma suspensão específica, cuja determinação e
tolerância devem obedecer à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico -
Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.2. pH: refere-se ao potencial de hidrogênio ionizável
característico do produto amiláceo, cuja determinação e tolerância devem
obedecer, respectivamente, à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico -
Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.3. Amido: refere-se aos carboidratos do amido,
característico da raiz de mandioca, encontrados no produto amiláceo, e o seu
teor é expresso em gramas de amido por 100 gramas do produto, cuja determinação
e tolerância devem obedecer à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico -
Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.4. Teor de Cinzas: percentual de matéria mineral presente
no produto, cuja determinação e tolerância devem obedecer à metodologia
analítica e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.5. Granulometria: distribuição dimensional das partículas
do produto;
2.6. Vazamento: refere-se ao teor de produto amiláceo
pulverizado, que passa por uma peneira específica, cuja determinação e
tolerância devem obedecer, respectivamente, à metodologia analítica e ao Quadro
Sinóptico - Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.7. Temperatura de Rompimento: refere-se à temperatura na
qual os grânulos iniciam o rompimento, sendo uma característica de identidade
do produto, cuja determinação e tolerância devem obedecer, respectivamente, à
metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos neste
Regulamento;
2.8. Umidade: refere-se ao teor de água livre encontrada no
produto amiláceo e seu teor é expresso em gramas por 100 gramas do produto,
cuja determinação e tolerância devem obedecer à metodologia analítica e ao
Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.9. Impurezas ou matérias estranhas: refere-se a detritos
macroscópicos, próprios ou impróprios do produto, cuja determinação e
tolerância devem obedecer à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico -
Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.10. Detrito: refere-se a todo material macroscópico com ou
sem risco à saúde, mas que possa ser caracterizado como defeito, como fezes,
pêlos, insetos (vivos ou mortos), penas, grânulos e partículas defeituosas e
conglomerados mofados, entre outros. O produto deve apresentar-se isento de
qualquer um desses defeitos, segundo metodologia analítica e Quadro Sinóptico -
Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.11. Matérias macroscópicas: são aquelas que podem ser
detectadas por observação direta (olho nu) sem auxílio de instrumentos ópticos;
2.12. Polpa: refere-se ao material proveniente do cilindro
central da raiz de mandioca e o seu teor é expresso em mililitros por 100
gramas do produto, cuja determinação e tolerância devem obedecer,
respectivamente, à metodologia analítica e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1,
previstos neste Regulamento;
2.13. Odor: refere-se à avaliação do produto amiláceo quanto
ao odor, cuja determinação e tolerância devem obedecer à metodologia analítica
e ao Quadro Sinóptico - Tabela 1, previstos neste Regulamento;
2.14. Matérias microscópicas: são aquelas que podem ser
detectadas com auxílio de instrumentos ópticos;
2.15. Substâncias nocivas à saúde: substâncias ou agentes
estranhos de origem biológica, química ou física que se saiba ou se presuma
serem nocivos à saúde, tais como as micotoxinas, os resíduos de produtos
fitossanitários e outros contaminantes;
2.16. Isento de substâncias nocivas à saúde: quando o
produto não apresenta contaminação ou cujo valor se verifica dentro dos limites
máximos previstos na legislação específica vigente;
2.17. Lote: quantidade de produtos com as mesmas
especificações de identidade, qualidade e apresentação, processados pelo mesmo
fabricante ou fracionador, em um espaço de tempo determinado, sob condições
essencialmente iguais;
2.18. Embalagem: recipiente, pacote ou envoltório destinado
a proteger e facilitar o transporte e o manuseio do produto;
2.19. Produto embalado: todo produto que está contido em uma
embalagem, pronto para ser oferecido ao consumidor;
2.20. Próprio: característico do produto, em conjunto ou
isolado, quanto ao aspecto, odor, sabor, entre outras características;
2.21. Cilindro central (polpa): refere-se à parte da raiz de
mandioca desprovida da casca e entrecasca;
2.22. Desidratação: refere-se à retirada do excesso de água
da massa extraída da raiz de mandioca nas etapas de prensagem e secagem;
2.23. Entrecasca: refere-se à camada protetora da raiz de
mandioca, situada entre a casca e o cilindro central;
2.24. Fécula: é o produto amiláceo extraído das raízes de
mandioca, não fermentada, obtida por decantação, centrifugação ou outros
processos tecnológicos adequados;
2.25. Tapioca: é o produto que, conforme processo de
fabricação, se apresenta sob forma de grânulos irregulares, poliédricos ou
esféricos;
2.26. Granulação: forma e tamanho dos grânulos;
2.27. Grânulos: partículas irregulares em forma e tamanho.
3. Classificação e Tolerâncias: o Produto Amiláceo derivado
da Raiz de Mandioca de acordo com o processo tecnológico de fabricação
utilizado, suas características físicas (granulometria e forma dos grânulos) e
sua qualidade será enquadrado em grupo, subgrupo e tipo, respectivamente:
3.1. Grupos: de acordo com a tecnologia de fabricação
utilizada, o Produto Amiláceo será classificado em 2 (dois) grupos:
3.1.1. Grupo I - Fécula;
3.1.2. Grupo II - Tapioca.
3.2. Subgrupos da Tapioca - segundo a forma dos grânulos, a Tapioca
será classificada em 2 (dois) subgrupos:
3.2.1. Tapioca granulada - Tapioca “Flakes granulated”
(flocos granulados) tapioca: é o produto sob forma de grânulos, poliédricos
irregulares, de diversos tamanhos;
3.2.2. Tapioca pérola ou sagú artificial - “Pearl” (pérola) tapioca:
é o produto sob forma de grânulos esféricos irregulares, de diversos tamanhos.
3.3. Tipos: Os Produtos Amiláceos derivados da Raiz de
Mandioca do Grupo I serão classificados em 3 (três) Tipos e os do Grupo II em 2
(dois) Tipos, de acordo com a sua qualidade, em função dos parâmetros e
respectivos limites de tolerância estabelecidos na Tabela 1 do presente
Regulamento.
3.4. Fora de Tipo: será considerada como Fora de Tipo a
Fécula e a Tapioca que não se enquadrarem nos limites de tolerância
estabelecidos na Tabela 1 deste Regulamento Técnico.
4. Requisitos Gerais: os Produtos Amiláceos derivados da
Raiz de Mandioca deverão se apresentar limpos, secos e isentos de odores
estranhos, impróprios ao produto.
4.1. Sempre que julgar necessário, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá exigir análises das
características microscópicas, microbiológicas e de substâncias nocivas à
saúde, independentemente do resultado da classificação do produto, observadas
as legislações específicas vigentes.
5. Modo de Apresentação: os Produtos Amiláceos derivados da
Raiz de Mandioca podem ser comercializados a granel, ensacados ou empacotados.
6. Acondicionamento: as embalagens, utilizadas no
acondicionamento dos Produtos Amiláceos derivados da Raiz de Mandioca poderão
ser de materiais naturais, sintéticos ou qualquer outro material apropriado,
desde que sejam limpos, atóxicos, que protejam o produto e que não transmitam
odores e sabores estranhos ao produto.
6.1. As especificações quanto à confecção e à capacidade das
embalagens devem estar de acordo com a legislação específica vigente.
7. Rotulagem
7.1. Produto embalado para a venda direta à alimentação
humana: a marcação ou rotulagem, uma vez observadas as legislações específicas
vigentes, deverá conter obrigatoriamente as seguintes informações:
7.1.1. Relativas à classificação:
7.1.1.1. Grupo;
7.1.1.2. Subgrupo, quando for o caso;
7.1.1.3. Tipo.
7.1.2. Relativas à identificação do produto e a seu
responsável:
7.1.2.1. Denominação de venda do produto;
7.1.2.2. Razão social do embalador, acompanhado de CNPJ e
endereço completo;
7.1.2.3. Lote: o lote deverá ser identificado por meio de um
código chave de responsabilidade do embalador precedido da letra "L"
ou a data de fabricação, de embalagem ou de prazo de validade, na forma
definida na legislação específica vigente.
7.2. Produto a granel: o produto deverá ser identificado e
as informações colocadas em lugar de destaque, de fácil visualização e de
difícil remoção, contendo, no mínimo, as seguintes expressões:
7.2.1. Relativas à classificação:
7.2.1.1. Grupo;
7.2.1.2. Subgrupo, quando for o caso;
7.2.1.3. Tipo;
7.2.2. Relativas à identificação do produto e seu responsável:
7.2.2.1. Denominação de venda do produto;
7.2.2.2. Razão social do fabricante, acompanhado de CNPJ e
endereço completo.
7.3. Produtos importados: além das exigências previstas para
o item 7.1. ou 7.2., o produto importado deverá apresentar ainda as seguintes
informações:
7.3.1. País de origem;
7.3.2. Nome e endereço do importador.
7.4. A rotulagem deve ser de fácil visualização e de difícil
remoção, assegurando informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em
língua portuguesa, cumprindo com as exigências previstas em legislação
específica vigente.
7.4.1. A especificação relativa ao Grupo dos Produtos
Amiláceos derivados da Raiz da Mandioca deve ser grafada em algarismo romano e
por extenso. A especificação relativa ao Subgrupo, quando for o caso, por
extenso. A especificação relativa ao Tipo dos Produtos Amiláceos derivados da
Raiz de Mandioca deve ser grafada em algarismo arábico.
7.4.2. Todos os caracteres deverão ser do mesmo tamanho,
segundo as dimensões especificadas para a informação relativa ao peso líquido,
conforme legislação metrológica vigente.
8. Métodos analíticos: os métodos analíticos são definidos
em atos complementares, após oficialização pela área competente do MAPA.
8.1. Permite-se o uso de métodos consagrados, desde que
inexistam métodos oficiais publicados.
Tabela 1. Limites de tolerância para os Produtos Amiláceos
derivados da Raiz de Mandioca.
Grupos | I - Fécula | II - <Tapioca | |||||
Subgrupos | Granulada | Pérola ou Sagú artificial | |||||
Tipos | 1 | 2 | 3 | 1 | 2 | 1 | 2 |
Fator Ácido (mL) | 4,00 | 4,50 | 5,00 | * | * | * | * |
pH | 4,50 a | 4,50 a | 4,00 a | * | * | * | * |
6,50 | 6,50 | 7,00 | |||||
Amido % | >84,00 | >82,00 | >80,00 | * | * | * | * |
Cinzas % | <0 font="font"> 0> | <0 font="font"> 0> | <0 font="font"> 0> | <0 font="font"> 0> | <0 font="font"> 0> | <0 font="font"> 0> | <0 font="font"> 0> |
Vazamento % Abertura (mm) | 0,105 | 0,105 | 0,105 | * | * | * | * |
99,00 | 98,00 | 97,00 | |||||
Ponto Rompimento | >58º | >58º | >58º | * | * | * | * |
<66 font="font"> 66> | <66 font="font"> 66> | <66 font="font"> 66> | |||||
Umidade% | <14 font="font"> 14> | <14 font="font"> 14> | <14 font="font"> 14> | <15 font="font"> 15> | <15 font="font"> 15> | <15 font="font"> 15> | <15 font="font"> 15> |
Matérias estranhas ou impurezas - % | ** | ** | ** | ** | ** | ** | ** |
Polpa - (mL) | 0,50 | 1,00 | 1,50 | * | * | * | * |
Odor | Peculiar | Peculiar |
D.O.U., 15/12/2005
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domingo, 12 de agosto de 2012
Vida longa ao Google!
Este blog está completando quatro anos. Coincide justamente com o tempo que moro em BH. São quatro anos de memórias, de bobeiras minhas, de sugestões de apps, de fotos e impressões de viagens... sobreviveu ao Orkut, sobreviveu ao Twitter, sobreviveu ao Facebook... amo folhear suas páginas e encontrar informações que já saíram do meu hipocampo... e que se não fosse o fato de eu tê-las jogado na nuvem, já teria perdido acesso a elas... 'como era mesmo o nome daquela pessoa que conheci em não sei qual feira?'... tá no blog... 'como chamava aquele restaurante na beira do lago vulcanico em El Salvador?' tá no blog... 'do que era mesmo aquela comida gostosa que comi na beira da estrada no Peru?' tá no blog... ou seja, o blog permite que eu desopile meu HD, que tire dele as informações que não precisam ficar lá... blogo prá mim, porque conheço a volatilidade da minha memória... a intenção nunca foi atingir um grande público, por isso me impressiona quando vejo no Analytics hoje que pessoas de mais de 90 países nos cinco continentes já andaram por aqui... os top 5 são Portugal, EUA, Áustria, Argentina e Japão. No Brasil, os acessos vêm de todos os estados (sem exceção) e do DF. Nove grandes cidades e uma pequena cidade são as responsáveis por cerca de 50% de todos os acessos ao blog: Sampa, BH, Rio, Belém, Salvador, Brasília, Curitiba, Recife, Porto Alegre e Vacaria.
E o que é que as pessoas vêm fazer aqui? Uma grande parte vem atrás de mim mesmo... coloca no Google 'regina sugayama' e a primeira página que aparece é esta, por motivos óbvios... e aí o blog acaba cumprindo uma função interessante, que é servir de observatório... ou seja, consigo saber onde é que tem gente pesquisando sobre mim e, em algumas situações, dá até para saber quem é a pessoa... é uma troca justa, eu acho: fragmentos da minha vida em troca de saber quem nela futrica... outra grande parte entra buscando frases para colocar no skype... isso porque o blog tem uma página onde eu coleciono frases de skype capturadas de amigos meus... agora, o que me diverte prá valer é ver argumentos de busca curiosos... exemplos:
- como tirar chiclete grudado em tamancos
- picasa o livro cadê guto lins em pawer pont (*pawer pont?*)
- em esoterismo o que quer dizer sonho com chegada pelo correio uma encomenda de castanhas de caju
- como ser mais inteligente (*a pessoa que colocou isto no Google merece meu respeito pois num mundo em que todo mundo se preocupa apenas em ser mais magro, mais bonito ou mais sexy, esta pessoa se preocupa em ser mais inteligente*)
- oncoto proncovo
- pezinho fedorento
- viajou para a alemanha no dia 09 de abril de 2011
- decodificação biológica das patologias
- donças na flor do bordo
- como ter quem eu amo a meus pés
- diário nerd (*este poderia ser outro nome deste blog rssssss*)
- casamento de magno e carline em campinaçu - go (*não conheço, nem nunca ouvi falar*)
- as mais lindas acaraenses
- frases de skaype (*skaype?*)
- frases de picuinha para msn
- sociedade das almas
- frases em colombiano para msn (*pensei que na Colômbia se falasse o espanhol...*)
- frase par colocar no sype de gente mau humorada
- perfis prontos para orkut masculino machista
- o que eh meliponoterapia?
- musica sobre foglore de moju (*foglore?*)
- bandê dicionário
- enciclopedia privatizaram sua vida seu trabalho sua hora de amar e seu direito de pensar (*ãããã?*)
- como un cachorro bebe se puede aogarcon la leche (*ããã?*)
- etiqueta, como comer camarão ao bafo
Não tem nada disso no blog, não... é que quando a pessoa não bota a expressão entre aspas, o Google faz isso mesmo... mas não vou falar mal do Google, não. Pelo contrário. Quem frequenta este blog sabe que sou fã número 1 do Google. Google, vida longa a você, pois preciso de você para manter este blog ativo e rastreado pelo Analytics por mais uns 40 anos... vai ser legal, em 2052 ler o que li nesta manhã fria, conto com vc, hein, seo Google!
2. | Portugal | 396 | 1.38 | 00:00:23 | 94.44% | 80.81% |
3. | United States | 310 | 1.30 | 00:03:32 | 92.58% | 84.84% |
4. | (not set) | 106 | 1.24 | 00:00:29 | 92.45% | 84.91% |
5. | Austria | 75 | 3.00 | 00:02:22 | 13.33% | 56.00% |
6. | Argentina | 58 | 1.57 | 00:01:52 | 89.66% | 70.69% |
7. | Japan | 52 | 1.23 | 00:01:00 | 86.54% | 86.54% |
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Imblogáveis
Adoro inventar palavras porque entendo a língua como uma reinvenção permanente e compartilhada... hoje inventei imblogável. Imblogável é tudo aquilo que a gente tem vontade de blogar mas não deve. Ainda bem que, para estas horas, existe o recurso do rascunho... para sentir aquele comichão de botar o dedo no botão e quase blogar... mas a mente tem que ser mais rápida que o dedo... rápida o suficiente para tirar o dedo de um botão com poderes às vezes destrutivos... rascunho no blog existe para guardar textos imblogáveis mas que a gente quer ter a mão para, um dia, se precisar ou quiser, reler e, se for o caso, blogar...
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Este sim, é utilitário de verdade!
Vivo postando sobre (in)utilitários para Android ou PC... mas hoje JC me apresentou um programinha que vai resolver meu problema de preguiça de escrever SMS... chama-se Airdroid e está disponível para download no Google Play. Funciona basicamente assim: vc baixa, instala e bota ele prá rodar. Aí, ele mostra na tela do celular um endereço de IP que deve ser copiado para o navegador de qualquer computador. Uma vez conectado, o computador vai pedir uma senha que aparece no celular abaixo do endereço do IP. Digita a senha (que é uma one pass, ou seja, só vale para uma sessão) e pronto! Você passa a ter todas as funcionalidades do teu celular na tela do computador ou notebook. Consegue receber SMS, ler todos os SMS recebidos ou enviados, ver todas as fotos que estão na memória do celular, escutar nas caixas do computador as músicas que estão na memória do celular... ou seja, usando o Airdroid o celular pode estar na bolsa que vc vê na tela do computador se chegar algum SMS. A conexão funciona via internet sem fio e não é muito boa com 3G.
É por isso que eu digo:
https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/391516_465299133488435_785632695_n.jpg
Vejam como fica: aparece como se fosse uma tela do computador mas, na verdade, está tudo sendo processado pelo Android do celular. |
É por isso que eu digo:
https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/391516_465299133488435_785632695_n.jpg
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domingo, 29 de julho de 2012
Eu? Andando de bicicleta? Domingo de manhã? Depois de tomar um café da manhã natureba? Conta outra, vai...
Tem coisa que só acredito porque vi ao vivo. E foi isso mesmo que aconteceu, aliás, que vem acontecendo nos últimos finais de semana. Acordo cedo, boto um tênis, me agasalho para o friozinho gostoso das manhãs de BH (tá, friozinho é exagero... fresquinho, digamos) e saio para pedalar... percursos curtos, na medida do que minha condição física de pessoa sedentária permite... mas suficientes para dar aquela sensação gostosa de que todas as células do corpo estão trabalhando, vibrando. Que seja meia hora, não importa... importa, apenas tirar o corpo e a mente da zona de conforto.
Não tem nada mais perigoso no mundo do que zona de conforto. É numa zona de conforto que talentos se extinguem, que habilidades atrofiam, que a criatividade se esvai... e junto vão a capacidade de resolver problemas e de construir cenários e bolar estratégias... Botar o cérebro num MRU é convite para que o alemão chegue mais cedo.
Quando era criança, tive uma bicicleta azul da Caloi, que dividia com meu irmão do meio. Mas aí ele era muito mais habilidoso do que eu e ganhou bicicletas maiores e eu fiquei mesmo na minha caloizinha... depois, muitos anos depois... ganhei minha segunda bicicleta do meu primeiro marido. Acho que foi uma maneira educada que ele encontrou para fazer com que eu saísse da frente do computador e da máquina de costura... foi uma boa tentativa, mas para minha (in)felicidade, entrou ladrão na garagem e levou as bicicletas novinhas... pena, não? E a verdade é que eu não curtia mesmo. De repente, os 40 bateram na porta juntamente com um diagnóstico de esofagite e aí caiu a ficha: preciso me mexer.
Procurava alternativas quando mudei para este prédio no Ipiranga... uma das coisas que mais gostei nele é o fato de ficar numa avenida plana, fenômeno raro em BH. Ela tem uns 2,5 km de extensão e é praticamente plana em toda sua extensão. E então, num desses domingos de inverno fresco e ensolarado, pulei cedo da cama e fui lá comprar minha terceira bicicleta.
É verdade que a gente nunca esquece como anda, mas o que nunca haviam me contado é que o corpo perde condição. Minha primeira pedalada foi de longuíssimos 10 minutos e extenuantes 1000 m. Parecia que tinham botado meu corpo num liquidificador. Uma sensação divina de ser desafiada a fazer algo novo. É maravilhoso estar diante de algo que faz com que a gente se sinta incapaz. é desafiador. Quem é kosokosô que nem eu fica esperando uma oportunidade para ir lá de novo mostrar que pode fazer mais e melhor.
Motivação para isso eu tenho de sobra: a trilha inca, no Peru. Me falaram que tem gente que organiza a descida de bici e quero muito fazer isso. 40 km. Mas é descida. A gente sai de 3.000 m e chega a 2.600 m de altitude. Ainda falta muito para eu chegar a 40 km, teria que somar todas as vezes que andei de bicicleta na vida que ainda ficaria faltando... mas vou treinando e anotando tudo num app bacana que baixei no play store do Android. Chama-se Minhas Trilhas e registra as informações como distância percorrida, altitude, velocidade e dá gráficos de altitude x velocidade... e joga tudo no Google Maps... até pouco tempo, ele não compartilhava os detalhes (pelo menos não lembro de ter isto esta função semana passada), agora ele compartilha tudo via Facebook, Evernote, Email, Bluetooth ou SMS. Olha que legal: https://maps.google.com/maps/ms?msa=0&msid=211959240487942596940.0004c5f651212bbb851c1
E viva o smartphone. Graças a ele, consigo passar meia hora longe do computador. Ou vocês pensaram que eu conseguiria acordar cedo no domingo, comer um café natureba, ir pedalar e ainda por cima ficar desconectada? Aí já seria querer demais, né???
Não tem nada mais perigoso no mundo do que zona de conforto. É numa zona de conforto que talentos se extinguem, que habilidades atrofiam, que a criatividade se esvai... e junto vão a capacidade de resolver problemas e de construir cenários e bolar estratégias... Botar o cérebro num MRU é convite para que o alemão chegue mais cedo.
Quando era criança, tive uma bicicleta azul da Caloi, que dividia com meu irmão do meio. Mas aí ele era muito mais habilidoso do que eu e ganhou bicicletas maiores e eu fiquei mesmo na minha caloizinha... depois, muitos anos depois... ganhei minha segunda bicicleta do meu primeiro marido. Acho que foi uma maneira educada que ele encontrou para fazer com que eu saísse da frente do computador e da máquina de costura... foi uma boa tentativa, mas para minha (in)felicidade, entrou ladrão na garagem e levou as bicicletas novinhas... pena, não? E a verdade é que eu não curtia mesmo. De repente, os 40 bateram na porta juntamente com um diagnóstico de esofagite e aí caiu a ficha: preciso me mexer.
Procurava alternativas quando mudei para este prédio no Ipiranga... uma das coisas que mais gostei nele é o fato de ficar numa avenida plana, fenômeno raro em BH. Ela tem uns 2,5 km de extensão e é praticamente plana em toda sua extensão. E então, num desses domingos de inverno fresco e ensolarado, pulei cedo da cama e fui lá comprar minha terceira bicicleta.
É verdade que a gente nunca esquece como anda, mas o que nunca haviam me contado é que o corpo perde condição. Minha primeira pedalada foi de longuíssimos 10 minutos e extenuantes 1000 m. Parecia que tinham botado meu corpo num liquidificador. Uma sensação divina de ser desafiada a fazer algo novo. É maravilhoso estar diante de algo que faz com que a gente se sinta incapaz. é desafiador. Quem é kosokosô que nem eu fica esperando uma oportunidade para ir lá de novo mostrar que pode fazer mais e melhor.
Motivação para isso eu tenho de sobra: a trilha inca, no Peru. Me falaram que tem gente que organiza a descida de bici e quero muito fazer isso. 40 km. Mas é descida. A gente sai de 3.000 m e chega a 2.600 m de altitude. Ainda falta muito para eu chegar a 40 km, teria que somar todas as vezes que andei de bicicleta na vida que ainda ficaria faltando... mas vou treinando e anotando tudo num app bacana que baixei no play store do Android. Chama-se Minhas Trilhas e registra as informações como distância percorrida, altitude, velocidade e dá gráficos de altitude x velocidade... e joga tudo no Google Maps... até pouco tempo, ele não compartilhava os detalhes (pelo menos não lembro de ter isto esta função semana passada), agora ele compartilha tudo via Facebook, Evernote, Email, Bluetooth ou SMS. Olha que legal: https://maps.google.com/maps/ms?msa=0&msid=211959240487942596940.0004c5f651212bbb851c1
E viva o smartphone. Graças a ele, consigo passar meia hora longe do computador. Ou vocês pensaram que eu conseguiria acordar cedo no domingo, comer um café natureba, ir pedalar e ainda por cima ficar desconectada? Aí já seria querer demais, né???
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