Desde domingo (26) até o dia 2 de março, uma equipe baiana percorre os estados do Acre, Rondônia, Amapá e Roraima para discutir formas de prevenção às pragas.
O Amapá está entre os estados da federação que podem ser portas de entrada no Brasil de cerca de 104 pragas na área vegetal e 22 na área animal. A análise de risco é da bióloga de Minas Gerais Regina Sugayama. Além do Amapá, estados como, Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e Pará também estão com risco iminente de pragas por serem regiões de fronteira. Outro perigo identificado pela bióloga são as rodovias que estão sendo construídas na região, interligando os estados entre si e com outros países da América do Sul, a exemplo da estrada transoceânica, que ligará o Pacífico ao Atlântico.
Mas o problema não atinge só a região Norte do Brasil. A preocupação também se dá no Nordeste brasileiro, especialmente no Estado da Bahia. O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura, Eduardo Salles, que também é engenheiro agrônomo e secretário da agricultura no estado baiano, destacou a monília (ou moniliase), que está presente na Colômbia e Venezuela. O local é distante pouco mais de 200 quilômetros de Assis Brasil, no Acre. E ainda, o Ácaro Vermelho das Palmeiras e a Mosca da Carambola, inimigo dos citros e das fruteiras.
Desde domingo (26) até o dia 2 de março, uma equipe baiana percorre os estados do Acre, Rondônia, Amapá e Roraima para discutir com as pastas de Agricultura o que está sendo feito nas fronteiras e celebrar com estes estados, Termo de Cooperação Técnica “guarda-chuva” relativo à defesa vegetal, animal e inspeção sanitária.
Eduardo Salles alertou que não se pode permitir que aconteça com a monília o mesmo que ocorreu com a vassoura de bruxa. A praga entrou no estado da Bahia e devastou a região cacaueira. Por isso, a ênfase com os estados produtores de cacau será a prevenção à monília.
Mosca da carambola
O Ministério da Agricultura realiza um trabalho de controle da mosca da carambola no Amapá há mais de 10 anos. A finalidade é manter a praga no território amapaense para não prejudicar os outros estados brasileiros. Para isso, os órgãos de defesa sanitária fazem a divulgação nos portos sobre o que fazer para impedir a proliferação da praga, bem como fixam cartazes nas embarcações conscientizando a população sobre a importância de manter a doença no Amapá. (Maiara Pires/aGazeta)
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